Claramente a Copa do Mundo é um evento muito mais importante para o GDF do que qualquer investimento que possa ser realizado em educação. Existem uma série de fatores que devem ser considerados. Para começar os setores hoteleiros, principalmente o Mago Paulo Octávio, estarão recebendo muito dinheiro com os turistas que conhecerão Brasília. E no futuro todos estes turistas vão preferir visitar Brasília novamente, pois a praia além de suja tende a perder valor depois de certo tempo. A água é gelada. Outro fator de extrema importância é que caso o Brasil jogue a disputa do terceiro lugar por aqui certamente nosso querido governador vai poder ser reelito com uma certa tranquilidade. Não podemos deixar de considerar também que a elite de Brasília vai ter um bom local para passar algumas noites: o estádio terá shopping, vai ser um ambiente tranquilo e pelo preço do ingresso não vai entrar pobre; ou seja, vai ser Fantástico; e depois da Copa teremos um mega estádio para um futebol falido que sempre esteve associado ao nosso respeitável Luiz Estevão (nosso time de Basquete merecia mais investimento, mas ninguém gosta de Basquete em Brasília).
Mas tudo bem. O Brasil está crescendo. Temos verbas para isto. E também temos verba para educação, mas ela não para de ser desviada para outros setores. E tem que ser desviada. Um dos nossos maiores craques, o estiloso último dos moicanos Neymar, declarou que a escola não fez muita diferença em sua vida. Se o nosso maior gênio com vinte anos e uma provável P.A. nas costas declarou isto, então assim será.
Mais futebol e menos aula de Matemática ou Língua Portuguesa. Vai todo mundo pra Europa e todos sabemos que o futebol de Portugal é lastimável, é preciso aprender inglês, italiano, espanhol ou alemão. E jogadores não ganham mais que 100 millhões. Contar de 1até 100 é moleza. Um salve para a Copa do Mundo.
